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A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica

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  • 4 de out.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 20 de out.

Review: A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica – O Texto que Mudou Para Sempre Como Vemos a Cultura


Escrito em 1936, em plena ascensão do nazismo e do cinema de massas, este ensaio de Walter Benjamin é tão revolucionário hoje quanto era então.


Mais do que um texto sobre arte, é uma radiografia do poder na cultura moderna. Benjamin percebeu que quando a fotografia e o cinema permitem reproduzir uma obra de arte infinitamente, algo crucial se perde – a sua “aura”.


A “aura” é aquilo que torna a Mona Lisa única: sua presença física no Louvre, sua história, sua autenticidade. Ao ser reproduzida em um pôster ou um meme, a obra perde sua autoridade ritual e se torna um objeto de consumo massivo.



Por Que Isso é Tão Importante?


Benjamin não estava apenas lamentando; ele estava diagnosticando uma mudança sísmica. A perda da aura, argumentava, tinha consequências políticas profundas:


  • A Arte se Democratiza: A reprodução técnica tira a arte das mãos das elites e dos museus, tornando-a acessível ao povo.


  • Mas Também se Politiza: A massificação permite que a arte seja usada como ferramenta de controle. O nazismo usou filmes épicos para criar um culto fascista à liderança, enquanto a indústria cultural capitalista produz entretenimento para anestesiar as massas.


Seu conceito de “estetização da política” (a transformação da política em espetáculo, usada pelo fascismo) é um alerta que ecoa fortemente na era das redes sociais e da política-espetáculo.


Para Quem é Este Livro?


Este não é um livro apenas para estudiosos de arte. É para qualquer um que queira entender o mundo digital de hoje.


  • Para quem cria conteúdo e se pergunta sobre o valor da autenticidade em um mar de cópias.


  • Para quem reflete sobre como os memes e os feeds de rede social moldam a opinião pública.


  • Para quem desconfia que por trás do entretenimento há um jogo de poder.


Veredito Final:


“A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica” é um daqueles raros textos que nos dá as lentes para enxergar a realidade cultural com novos olhos. Benjamin previu a cultura dos influencers, a política como espetáculo e a batalha pela atenção muito antes delas existirem. Uma leitura curta, porém de uma profundidade atemporal, que continua a ser a melhor introdução ao pensamento de um dos gênios mais necessários do século XX.




foto de Walter Benjamim

Sobre o autor


Walter Benjamin (1892-1940) foi um dos pensadores mais originais do século XX, filósofo, crítico cultural e ensaísta associado à Escola de Frankfurt. Sua obra, fragmentária e genial, investiga temas como a arte, a técnica, a história e a modernidade, reunida em volumes como Magia e Técnica, Arte e Política. Judeu e marxista, sua trajetória foi truncada pela ascensão do nazismo. Uma curiosidade marcante: em 1940, fugindo da Gestapo, Benjamin carregava consigo uma mala repleta de manuscritos – entre os quais um suposto texto inacabado, hoje perdido, que considerava sua obra mais importante – quando morreu em circunstâncias trágicas na fronteira da Espanha.




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